Chamar uma mulher de louca sempre foi uma forma de garantir que ninguém a ouça.

Não, você não está louca.
Você está sentindo, percebendo e pensando. E isso é potência. Acreditar em si mesma quando querem te apagar é um ato de resistência.
“Você está maluca.”
Essa frase já foi dita para tantas de nós. Quando sentimos demais, quando questionamos demais, quando ousamos demais. Mas a verdade é que isso não tem nada a ver com loucura e tudo a ver com controle.
Nos chamam de loucas porque têm medo do que somos quando acreditamos em nós.
Se você já se sentiu invalidada, desacreditada ou silenciada: não era loucura. Era opressão disfarçada.
E a gente tá aqui pra lembrar que sua voz vale (e muito).
Gaslighting é uma forma de silenciamento:
quando alguém distorce a sua realidade para te fazer duvidar de si mesma. Não é exagero, não é “drama”. É uma forma de manipulação usada, historicamente, para tirar o poder das mulheres. Quando uma mulher denuncia um abuso, é maluca. Quando ela se impõe, é desequilibrada. Quando sente, é fraca. Essa é uma tática antiga.
Duvidar de si é parte do plano.
O gaslighting funciona justamente porque ataca a nossa confiança. Você começa a se perguntar se está exagerando, se está imaginando coisas, se foi mesmo “só uma piada”. A manipulação se disfarça de afeto. A dúvida vira rotina.
Nos colocaram nesse lugar para que nunca possamos ocupar o centro da nossa própria narrativa.
Frases como “você é muito sensível”, “isso é coisa da sua cabeça” ou “você não entende disso” não são inocentes.
São tentativas de nos calar. De nos afastar da nossa própria intuição. E de manter uma estrutura onde o poder continua sempre nas mesmas mãos.